No Cinanima deste ano, os programadores incluíron unha retrospectiva da animación galega, comisariada polo noso compañeiro Severiano Casalderrey.
Velaquí a introdución (unha breve historia) que elaborou para o caso e a selección de filmes con que a ilustrou.
O cinema de animação galego encontra-se entre os os mais jovens de toda a Espanha. Em muitos sentidos, a animação era impensável na Galiza em alturas anteriores à transição espanhola (meados dos anos setenta); mesmo depois, durante os primeiros anos da mesma, também a sua presença era escassa, dada a pouca tradição cinematográfica da região, vítima do centralismo franquista. Uma excepção milagrosa foi a curta-metragem “Videoviolin” (1985) de Ignacio Pardo Pedrosa, um filme experimental realizado directamente sobre película super 8. Este seria o princípio de uma progressão ascendente que acabaria sendo consolidada no início do século XXI.
Velaquí a introdución (unha breve historia) que elaborou para o caso e a selección de filmes con que a ilustrou.
O cinema de animação galego encontra-se entre os os mais jovens de toda a Espanha. Em muitos sentidos, a animação era impensável na Galiza em alturas anteriores à transição espanhola (meados dos anos setenta); mesmo depois, durante os primeiros anos da mesma, também a sua presença era escassa, dada a pouca tradição cinematográfica da região, vítima do centralismo franquista. Uma excepção milagrosa foi a curta-metragem “Videoviolin” (1985) de Ignacio Pardo Pedrosa, um filme experimental realizado directamente sobre película super 8. Este seria o princípio de uma progressão ascendente que acabaria sendo consolidada no início do século XXI.
Com uma tradição de apenas trinta anos, a animação galega
soube colher um certo número número de sucessos. Apesar de uma produção
equilibrada de curtas e longas-metragens, estas últimas sempre gozaram de uma
maior repercussão comercial. Prova disso é o pioneirismo de produções como A tropa de trapo no país onde sempre brilha o Sol (2010), primeira
longa-metragem espanhola para um público pré-escolar, ou o multi-premiado O
Apóstolo, primeira longa-metragem europeia em stop-motion estereoscópico. O alcance
da animação espanhola sobressai nos Prémios Goya da Academia de Cinema
Espanhol, ao conquistar nove das dezoito estatuetas possíveis na sua história;
não devemos esquecer Arrugas (2011), a produção galega mais premiada com
distinções que vão desde uma menção especial no Festival de Annecy até à sua
distribuição no Japão pelo estúdio Ghibli.
En geral, a animação galega sempre se mostrou próxima das
referências culturais e costumes locais, aspectos que a definem em comparação
com outras cinematografias europeias e até com o próprio cinema espanhol. A
língua, as lendas, a gastronomia e até as localizações reais povoam uma boa
parte das curtas-metragens galegas. Apesar da falta de escolas especializadas,
o éxito foi possível graças a artistas como Tomás Conde e Virginia Curiá, Pablo
Millán, Fernando Cortizo, Peque Varela e produtores como Julio Fernández,
Manolo Gómez, Chelo Loureiro, Manuel
Cristóbal, todos eles apaixonados pela animação e pela sua terra.
A retrospectiva que apresentamos tem como objectivo
ilustrar a riqueza desta jovem cinematografia através da mostra de algumas das
suas curtas-metragens mais emblemáticas. Um total de 15 criações divididas por
duas sessões onde se conjugam filmes de autor com outros de carácter mais comercial.
Em suma, uma jornada
que, esperamos, não deixe ninguém indiferente,
desde que possamos entendê-la como ponto
de partida para muitos sucessos
futuros.
Esta é a selección:
Esta é a selección:
- Videoviolín, de Ignacio PardoPedrosa (1985) [3:32]
- 1977, de Peque Varela (2007) [8:24]
- Nut, de Ángel Fernández La Parra (1997) [8:55]
- A Meiga Chuchona , de Pablo Millán (2006) [8:00]
- Minotauromaquia - Pablo no Labirinto, de JuanPablo Etcheverry (2004) [9:17]
- Alegrías de Puerta Tierra, de Tomás Conde & Virginia Curiá (1994) [3:00]
- Leo, historia dun final, de Fernando Cortizo (2007) [12:35]
- Numeralia, de Eloy Lozano (1990) [3:12]
- O bufón e a infanta, de Juan Galiñanes (2007) [8:45]
- O Soldadiño de Chumbo, de Tomás Conde & Virginia Curiá (2008) [12:00]
- O Pintor de Ceos, de Jorge Morais Valle (2008) [21:45]
- A nena que tinha unha soa orelha, de Álvaro León Rodriguez (2009) [13:21]
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