21 novembro, 2013

Retrospetiva do Cinema de animação da Galiza



No Cinanima deste ano, os programadores incluíron unha retrospectiva da animación galega, comisariada polo noso compañeiro Severiano Casalderrey.
Velaquí a introdución (unha breve historia) que elaborou para o caso e a selección de filmes con que a ilustrou.
 
O cinema de animação galego encontra-se entre os os mais jovens de toda a Espanha. Em muitos sentidos, a animação era impensável na Galiza em alturas anteriores à transição espanhola (meados dos anos setenta); mesmo depois, durante os primeiros anos da mesma, também a sua presença era escassa, dada a pouca tradição cinematográfica da região, vítima do centralismo franquista. Uma excepção milagrosa foi a curta-metragem “Videoviolin” (1985) de Ignacio Pardo Pedrosa, um filme experimental realizado directamente sobre película super 8. Este seria o princípio de uma progressão ascendente que acabaria sendo consolidada no início do século XXI.

Com uma tradição de apenas trinta anos, a animação galega soube colher um certo número número de sucessos. Apesar de uma produção equilibrada de curtas e longas-metragens, estas últimas sempre gozaram de uma maior repercussão comercial. Prova disso é o pioneirismo de produções como A tropa de trapo no país onde sempre brilha o Sol (2010), primeira longa-metragem espanhola para um público pré-escolar, ou o multi-premiado O Apóstolo, primeira longa-metragem europeia em stop-motion estereoscópico. O alcance da animação espanhola sobressai nos Prémios Goya da Academia de Cinema Espanhol, ao conquistar nove das dezoito estatuetas possíveis na sua história; não devemos esquecer Arrugas (2011), a produção galega mais premiada com distinções que vão desde uma menção especial no Festival de Annecy até à sua distribuição no Japão pelo estúdio Ghibli.

En geral, a animação galega sempre se mostrou próxima das referências culturais e costumes locais, aspectos que a definem em comparação com outras cinematografias europeias e até com o próprio cinema espanhol. A língua, as lendas, a gastronomia e até as localizações reais povoam uma boa parte das curtas-metragens galegas. Apesar da falta de escolas especializadas, o éxito foi possível graças a artistas como Tomás Conde e Virginia Curiá, Pablo Millán, Fernando Cortizo, Peque Varela e produtores como Julio Fernández, Manolo Gómez, Chelo Loureiro,  Manuel Cristóbal, todos eles apaixonados pela animação e pela sua terra.

A retrospectiva que apresentamos tem como objectivo ilustrar a riqueza desta jovem cinematografia através da mostra de algumas das suas curtas-metragens mais emblemáticas. Um total de 15 criações divididas por duas sessões onde se conjugam filmes de autor com outros de carácter mais comercial. Em suma, uma jornada que, esperamos, não deixe ninguém indiferente, desde que possamos entendê-la como ponto de partida para muitos sucessos futuros.


Esta é a selección:
















 

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